O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu apuração na terça-feira (5/7) para analisar o impacto econômico da proposta de emenda à Constituição (PEC) dos Benefícios. A proposta amplia auxílios e cria o voucher-caminhoneiro. A controvérsia é que, por ser um ano de eleições, não poderiam ser criados novos benefícios a um prazo tão curto do pleito.
A investigação ocorre a pedido do Ministério Público (MPTCU) e terá como relator o ministro Aroldo Cedraz. O objetivo da apuração é de impedir o governo federal de “flexibilizar o teto de gastos, de comprometer o equilíbrio fiscal das contas públicas e de desrespeitar princípios elementares do Direito Financeiro e da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) em possível retrocesso para o país”, diz o documento.
Além disso, a apuração requer que o governo realize estudos e divulgue quantas pessoas/famílias receberão os benefícios criados/ampliados “com categorização por município, gênero, faixa de idade e grau de escolaridade, de modo que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possa examinar com precisão se houve abuso do poder político/econômico nas eleições de outubro que se aproximam”, detalha.
A proposta teve votação adiada na madrugada desta quarta-feira (6/7) durante reunião da comissão especial que analisa a matéria. A discussão sobre o texto do relator Danilo Forte (União-CE) ficou para quinta-feira (7/7). A votação do colegiado foi adiada após pedido de vistas, concedido pela presidente da comissão especial, Celina Leão (PP-DF). Deputados alegaram precisar de mais tempo para analisar o texto. Na ocasião, o relator leu o parecer sobre a PEC, em que manteve o texto aprovado pelo Senado. A estratégia de não realizar alterações facilita na celeridade da análise da PEC.
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