A Operação Acesso Pago apura corrupção no MEC para a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Segundo as apurações, havia um gabinete paralelo na pasta, capitaneado pelos pastores Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil; e Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da entidade. Eles comandavam a agenda do então ministro, Milton Ribeiro, e agiam como lobistas, atuando para liberar e/ou acelerar o empenho de recursos a municípios. Em troca, exigiam propinas em dinheiro, Bíblias e até ouro. Os religiosos conquistaram acesso ao Executivo ainda em 2019, antes da chegada de Ribeiro à pasta, e são próximos da família Bolsonaro. O inquérito foi aberto a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, e por ordem do Supremo Tribunal Federal, em razão do foro privilegiado de Ribeiro, à época. Quando ele deixou o governo, a ministra Cármen Lúcia remeteu o inquérito à 1ª instância.