Após burlar a proibição de publicar nas redes sociais, imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa de Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, publicou uma nota afirmando que o bolsonarista divulgou o material “por uma causa nobre” para acalmar “os ânimos da classe dos caminhoneiros”.
Trovão é alvo de uma investigação por suspeita de organizar atos antidemocráticos. No último fim de semana, ele soltou um vídeo no Telegram pedindo aos caminhoneiros que aguardassem até a próxima semana para entrar em greve. O bolsonarista também incitou os caminhoneiros a se manifestarem na frente das refinarias da Petrobras na próxima segunda-feira (27/6) e afirmou que a estatal planeja aplicar um golpe no país.
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Em comunicado, a defesa de Zé Trovão tenta justificar o ato. O posicionamento veio após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, fazer uma intimação para obter explicações sobre a veiculação de um vídeo. “Em momento algum foi desrespeitoso com quaisquer dos Poderes, em especial o Judiciário, posto que tem cumprido com todas as restrições impostas — tendo agido desta vez unicamente movido pelo interesse público de estancar uma greve que teria repercussões sociais graves”, diz a advogada do bolsonarista.
Trovão foi preso no fim de outubro, após uma ordem de prisão de Moraes, por incitar violência e atos antidemocráticos nas manifestações do feriado de Sete de Setembro. Ele permaneceu detido até o fim de dezembro, quando obteve autorização para prisão domiciliar.
Apesar do benefício, ele está proibido de fazer publicações em redes sociais e de manter contato com outros investigados.