Ao menos 37 parlamentares já assinaram o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Preço dos Combustíveis que começou a circular nesta segunda-feira (20/6). Mesmo após a renúncia de José Mauro Coelho da presidência da Petrobras, a base aliada se articula em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL). Para instalar o colegiado são necessárias 171 assinaturas.
No requerimento, os deputados querem investigar a conduta da Diretoria e do Conselho da Petrobras sobre os preços; instituição do modelo de gestão da estatal; motivos do endividamento da companhia e gerenciamento do passivo; impacto da concessão de benefícios corporativos sobre os preços praticados; modelo tributário dos combustíveis e derivados; e os efeitos decorrentes da sonegação fiscal.
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Na noite de segunda-feira, Bolsonaro reafirmou sobre o desejo de instalar o colegiado. “Estou acertando uma CPI na Petrobras. ‘Ah, você que indicou o presidente’. Sim, mas quero a CPI. Ué, por que não? Investiga o cara. Se não der em nada, tudo bem. Mas os preços da Petrobras são um abuso”, disse a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.
Contudo, o vice-presidente, Halmilton Mourão (Republicanos) não é tão otimista quanto o presidente. Na manhã de ontem, o vice afirmou que o colegiado não deve caminhar em razão da proximidade com o período eleitoral, que deve dificultar os trâmites para a instalação.
“Eu acho que não vai nem andar isso aí. Não tem nem tempo. Nós estamos andando aí já na fase eleitoral. Mais um mês e meio e inicia a campanha eleitoral. Eu acho difícil que uma CPI vá andar neste momento”, disse a jornalistas na entrada do Palácio do Planalto.
A ideia é que a CPI funcione por 120 dias, e tenha composição de 25 parlamentares. Ao menos 16 parlamentares assinam a proposta, entre eles o filho 03 do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).