Ex-deputado constituinte e vereador em São Paulo, Arnaldo Faria de Sá (PP-SP) morreu na madrugada de ontem, aos 76 anos. O vereador, que tratava de leucemia havia 10 anos, estava internado num hospital da capital paulista, desde a semana passada, com sintomas de covid-19.
Político veterano, Faria de Sá foi eleito deputado federal por oito mandatos, licenciando-se duas vezes do cargo para ocupar secretarias municipais em São Paulo — primeiro a de Esportes, Lazer e Recreação no governo Paulo Maluf e, depois, a Secretaria de Governo de Celso Pitta.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decretou luto oficial de três dias por Faria Sá, a quem chamou de "notório regimentalista".
"Ocupou inúmeras funções públicas e vocalizou com talento e habilidade os temas mais candentes de seu tempo. Deixa o exemplo de um homem público capaz de divergir e convergir com firmeza e flexibilidade, sempre com seu carisma e sua simpatia", escreveu Lira em uma rede social.
Faria de Sá fez a maior parte da carreira política no PTB, legenda que defendeu por 18 anos. O então deputado se mudou para o PP em 2018, justificando que sofreria um processo de expulsão no ex-partido por ter votado contra a reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Recentemente, foi alvo de uma representação na Corregedoria da Câmara após se referir ao ex-prefeito Celso Pitta como um "negro de alma branca".
Acusado de racismo, o vereador reconheceu o erro em plenário e pediu desculpas. "Realmente me equivoquei e peço desculpas. Não quero discutir com ninguém, só quero pedir desculpas humildemente", afirmou.