O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou, em mais 60 dias, o inquérito que apura a fake news divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que no ano passado relacionou a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) à vacina contra a covid-19.
A decisão do ministro, divulgada na segunda-feira (13/6), atende a uma recomendação da Polícia Federal — que considerou a necessidade de prosseguimento das investigações. A investigação foi aberta no dia 3 de dezembro de 2021. Em abril, Moraes também autorizou que a PF encaminhasse um ofício ao Google para que a empresa fornecesse o vídeo da live de Bolsonaro com a afirmação polêmica.
Moraes decidiu abrir o inquérito atendendo a uma solicitação feita pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19. O ministro ressaltou ser preciso apurar a relação da notícia falsa com a atuação de uma suposta organização criminosa investigada pelo STF e que envolve aliados do presidente.
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Relembre o caso
Em outubro do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro leu, durante a tradição live semanal, duas notícias dos sites Stylo Urbano e Coletividade Evolutiva, que, baseados em inexistentes relatórios ‘oficiais’ do Reino Unido, afirmavam que pessoas com a imunização completa contra a covid-19 se tornavam mais vulneráveis à síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids).
Após divulgar a informação, que é falsa, o presidente disse que não iria ler a íntegra da notícia para não sofrer sanções das redes sociais. "Não vou ler para vocês aqui, porque posso ter problemas com a minha live. Não quero que 'caia' a live. Quero dar informações concretas". O material foi retirado do ar pelo Facebook.