Apesar da aprovação do PLP 18/2022, senadores classificaram a medida como eleitoreira e dizem não acreditar que ela surtirá o efeito prometido pelo governo, de aliviar o bolso dos cidadãos. "Eu aguardo ansioso (…) o quanto vai impactar na redução dos preços para quem, de fato, interessa: o consumidor. Eu quero só lembrar que, daqui a 15 dias, terá uma nova alteração dos preços da Petrobras, então, eu aguardo ansiosamente: do valor que aqui estabelecemos, quanto disso, de fato, vai ser reduzido", enfatizou o líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) criticou duramente o projeto. "Enquanto uma criança passa fome e tem o desenvolvimento mental dos seus neurônios comprometido pela ausência de proteínas e de alimentação básica, é justo que se estabeleça uma política pública de usar dinheiro público para financiar combustível de carro de passeio? Eu jamais colocarei minha impressão digital sobre tamanho absurdo. Isso não faz nenhum sentido", disparou.
Os senadores Jean Paul Prates (PT-RN), Alessandro Vieira (PSDB-SE), além de próprio Oriovisto Guimarães também disseram duvidar que o projeto vai conseguir diminuir o preço dos combustíveis nos postos.
"A nossa posição como líder da minoria é de ceticismo absoluto em relação a esse projeto por saber que a solução não reside em, mais uma vez, atacar a tributação estadual e zerar impostos sobre combustíveis fósseis, sacrificando a capacidade de atendimento dos estados e municípios ao público", reprovou Prates. (Com Agência Senado)