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Bolsonaro sobre privatização da Petrobras: 'Dificilmente vai para frente'

O presidente ainda admitiu que trocou o comando do MME da estatal para ter mais controle à gerência, mas ainda há "muita burocracia"

Ainda que o presidente Jair Bolsonaro (PL) deseje privatizar a Petrobras, "é muito difícil" fazê-la. Em entrevista à TV Terraviva, na manhã desta segunda-feira (6/6), o chefe do Executivo voltou a criticar a gerencia da estatal e admitiu a dificuldade.

"Olha, a privatização da Petrobras é muito difícil. Conversei com o ministro de Minas e Energia, e ele tem essa intenção. Deu o pontapé inicial, mas dificilmente vai para frente isso", afirmou o presidente que na sequência repetiu que esse processo vai "demorar uns quatro anos".

Bolsonaro ainda admitiu que trocou o comando do MME, agora chefiado por Adolfo Sachsida, homem de confiança do ministro da Economia, Paulo Guedes, para ter maior acesso à gerência da Petrobras. Mas ainda há "muita burocracia" para fazer as mudanças que deseja.

"Estamos tentando mudar. Mudou o ministro de Minas e Energia, que quer mudar agora também toda a Petrobras. Mas há uma dificuldade. Reunião de conselho, uma burocracia enorme e demora isso daí", frisou.

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Articulação

Por medo da possibilidade de desabastecimento de diesel e diante das dificuldades para conter a alta de combustíveis, o governo está lançando mão de uma nova arma: lançar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que justifique a criação de créditos extraordinários. A ideia é que tenha critérios parecidos com a PEC emergencial, que proporcionou a dilatação dos pagamentos de auxílios em meio a pandemia de covid-19, em 2021.


Essa proposta seria uma segunda alternativa após a má repercussão de um decreto presidencial para instaurar um estado de calamidade para conter os preços – ainda que a proposta não tenha ido para frente, mas não está totalmente descartada. Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou os ministros Paulo Guedes (Economia), Adolfo Sachsida (Minas e Energia), Ciro Nogueira (Casa Civil), Célio Faria Junior (Governo) e o advogado-geral da União, Bruno Bianco, para debater o tema. Parte dos titulares das pastas tem ressalvas à proposta. A questão é que o presidente deveria correr por fora e negociar diretamente com o Congresso.


Em entrevista à CNN concedida na quinta-feira (2), o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), admitiu que o decreto de calamidade ainda poderá avançar. “Vai depender da situação do país. A população está sofrendo hoje. Eu não vejo necessidade desse estado de calamidade atualmente, mas se chegar a um ponto de uma situação como essa, nós teremos que decretá-la. Mas eu espero que isso não seja necessário”, afirmou na ocasião. 

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