Postulante ao Planalto pela segunda vez, a socióloga Vera Lúcia Salgado (PSTU) defendeu a estatização total das empresas para salvar o país da crise econômica e se mostrou favorável ao armamento da população.
De acordo com a pré-candidata, é preciso devolver ao Estado as empresas que foram vendidas pelo governo. "Elas são produtivas, não dependem do Estado brasileiro para que possam funcionar e gerar lucro. Ao contrário, elas é que dão lucro ao Estado brasileiro e à economia", ressaltou. "Se não fossem produtivas, rentáveis e lucrativas, nenhum empresário ia querer comprar."
Vera Lúcia também defendeu a revogação de propostas aprovadas em gestões anteriores, como as reformas trabalhista e previdenciária e o teto de gastos. "A revogação imediata de todas as reformas feitas contra a classe trabalhadora. Nós vamos estatizar as 100 maiores empresas deste país e vamos colocar sob o controle da classe trabalhadora organizada. E nós queremos que o governo, inclusive, seja controlado por essa classe trabalhadora", ressaltou.
Ela enfatizou, ainda, que a população tem o direito de portar arma "para se precaver de qualquer tipo de ataque". "Só quem não tem isso é a classe trabalhadora mais empobrecida", destacou.
Questionada se a posse aumentaria os índices de violência no país, Vera Lúcia defendeu um treinamento para os que adquirissem armas. E criticou os decretos editados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), em fevereiro, para flexibilizar mais as regras de aquisição, registro, posse e porte. Segundo ela, o chefe do Planalto trabalha em causa própria e não está preocupado com a segurança do brasileiro.
"Estamos dizendo que, no Brasil, as pessoas têm direito de se defender e que Bolsonaro defende o armamento, mas não para proteger a população. Ele defende para proteção da grande propriedade e para armar a grande milícia que ele defende. Ele defende o Estado militarizado com ele na cabeça. Isso não é o que defendemos", afirmou.