O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta-feira (29/6), que “não tem corrupção endêmica no governo”, mas “casos isolados”. O governo federal está no meio de uma das maiores crises com o gabinete paralelo do Ministério da Educação.
De acordo com o chefe do Executivo, “não temos nenhuma corrupção endêmica no governo”. “Tem casos isolados que pipocam e a gente busca solução para isso”, afirmou no evento Diálogo da Indústria com os pré-candidatos à Presidência da República, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Bolsonaro ainda frisou que “não interessa descobrir o corrupto”, mas a intenção é evitar que apareça essa figura. “Mas além da escolha dos ministros, além de conversar com eles qual é a real função deles em cada ministério, temos uma célula composta de servidores da Polícia Federal, da CGU (Controladoria-Geral da União), AGU (Advogacia-Geral da União), TCU (Tribunal de Contas da União), para analisar aquilo que há de mais caro para nós, de modo que a gente ataque a possível corrupção na origem. Não interessa descobrir o corrupto. Nós temos que evitar que apareça a figura do corrupto”, disse.
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Brasil na OCDE
O assunto corrupção foi citado enquanto o presidente falava sobre o ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Um dos pontos avaliados para o ingresso no bloco é o combate à corrupção. “A gente vai continuar fazendo o que começamos no início de 2019. Somente o estudo avançado do ingresso do Brasil na OCDE é sinal de que o Brasil é bem visto globalmente. Ali, nós atacamos a facilitação de negócios bem como o combate à corrupção. Nisso nós estamos muito bem no governo”, frisou.
Ainda no debate, Bolsonaro voltou a criticar as políticas adotadas em meio à pandemia como lockdowns e restrição. Reclamou por não ter conduzido o assunto da forma que queria, pois teria sido cerceado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na época, em prol dos governadores.
"De vento em popa"
Ele também falou que o país passou da 13ª para a 10ª economia no mundo e comentou o "recorde de carteira assinada” no país. “O Brasil vai de vento em popa. O mundo inteiro busca fazer negócio conosco”, disse.
O presidente aproveitou para comentar também a conversa que teve na segunda-feira (27) com o presidente russo, Vladimir Putin, que, de acordo com Bolsonaro, “reafirmou o compromisso de modo que a cadeia de trazer fertilizantes para o Brasil não venha ser interrompida”.
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