O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira (29/6) que não é procurador ou policiar para comentar as acusações de assédio sexual contra o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
“Vocês nem perguntaram do presidente da Caixa Econômica que está sendo acusado por assédio, mas também eu não sou procurador e não sou policial”, comentou Lula, em entrevista à Rádio Educadora, de Piracicaba, São Paulo.
O comentário foi feito enquanto Lula discorria contra as privatizações. Para o ex-presidente, estatais importantes para o Estado brasileiro não podem ser privatizadas, como o Banco do Brasil, a Petrobras e a própria Caixa. Ele defende, porém, que essas empresas sejam de economia mista, como a Petrobras atualmente.
“Essa história de privatizar é coisa de incompetência. ‘Eu não sei governar, eu não sei fazer a economia crescer, eu vou vender o que tenho para ter dinheiro para gastar. Daqui a pouco eu não vou ter nem dinheiro, nem as empresas’. Aí é que o país vai para a bancarrota”, disse o ex-presidente.
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Outros presidenciáveis comentaram o caso
A senadora e pré-candidata ao Planalto Simone Tebet (MDB) comentou ainda ontem (29/6), nas redes sociais, sobre as denúncias de assédio contra Guimarães. “É necessário o afastamento imediato do presidente da Caixa até que as investigações sejam finalizadas”, disse a senadora.
Tebet voltou a comentar o caso hoje, durante sabatina com presidenciáveis organizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “O mínimo que se exige de respeito à mulher no mercado de trabalho é o respeito à sua condição de ser mulher. Eu já sofri assédio sexual no ambiente de trabalho. Já sofri assédio moral no ambiente político. Mulheres não podem e não vão aceitar esse assédio”, afirmou.
Na mesma sabatina, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) defendeu que Guimarães deve ser demitido da Caixa. “Uma autoridade pública que se utiliza de seu cargo para constranger mulheres é um bandido. Tinha que ser demitido”, disse.
Lula foi convidado a participar do evento da CNI, que contou ainda com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas o petista não confirmou presença.
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