A senadora Simone Tebet (MDB-MS) abriu, nesta quarta-feira (29/6), o ciclo de sabatinas com os pré-candidatos à Presidência da República, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Com discurso voltado para o setor produtivo, Tebet se comprometeu com a aprovação da reforma tributária nos primeiros seis meses de governo, caso eleita.
Para ela, a reforma deve priorizar a redução da carga tributária sobre a produção, com maior taxação do consumo. E defendeu a criação de um Fundo Nacional de Desenvolvimento para estimular a atração de investimentos para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
A presidenciável defendeu a segurança jurídica nas relações com o setor empresarial e com investidores, com respeito aos contratos firmados. Para ela, essas ações são fundamentais para reduzir o custo Brasil.
Agenda socioambiental
A pré-candidata voltou a defender a criação de um ministério do Planejamento e Orçamento, que retome a capacidade do governo federal de formular políticas de aplicação de recursos públicos. “Arrecadamos muito, mas arrecadamos mal. Gastamos muito e gastamos mal”, disse ela à plateia de empresários.
Ela também defendeu uma agenda socioambiental que assegure investimentos na chamada economia verde, na sustentabilidade. “O Brasil precisa mostrar para o mundo que nós não pensamos como o presidente da República. Temos que provar que nosso agro é sustentável, que nossa indústria está comprometida com a sustentabilidade”, disse ela, no evento. “Temos condições de recolocar o Brasil no centro da geopolítica mundial com a economia verde.”
A senadora defendeu que investimentos no setor de energias renováveis recebam incentivos fiscais e subsídios diretos para assegurar a competitividade das novas fontes na matriz energética brasileira.
Sobre as questões sociais, Tebet colocou, no topo da lista de prioridades urgentes a erradicação da fome no país. “Nunca imaginei que teríamos tanto retrocesso civilizatório”, disse ela sobre o agravamento da situação da pobreza extrema no país.
“Treino é treino, jogo é jogo”
Na entrevista coletiva que concedeu após a sabatina, Simone Tebet minimizou a dificuldade que enfrenta para subir nas pesquisas de intenção de votos. Repetiu que “treino é treino, jogo é jogo”, para dizer que a campanha ainda não começou. “Sou a menos conhecida dos pré-candidatos, e tenho a menor rejeição. Temos ainda 30 dias para as convenções. Tenho a missão de mostrar ao Brasil que o único caminho é ter uma candidatura de centro, que acabe com essa polarização, com a cultura de ódio, do nós contra eles. Temos que falar menos de Lula e Bolsonaro e mais Brasil. Há um caminho saudável, equilibrado e ético, tenho certeza de que vamos decolar nas pesquisas.”
Tebet também falou sobre uma possível aproximação com o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes. Disse que comunga com boa parte da visão de Ciro sobre os problemas do país, mas disse que discorda dele no debate econômico.
Ela se considerou “mais liberal” que o adversário, mas deixou uma porta aberta para negociações. “Temos um problema, que é a visão sobre como tirar o Brasil na crise. Eu sou mais liberal na economia, mas sabemos que o Brasil precisa de um novo rumo. Só isso já abre um canal para o diálogo. Quem sabe, de ter o PDT dentro da nossa base democrática”, finalizou.
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