CNI defende a necessidade de agenda nacional de longo prazo

"Para o país dar esse salto evolutivo, é preciso uma estratégia nacional de longo prazo e que estimule a ciência e a inovação", ressaltou Robson Andrade, presidente da CNI, durante evento Diálogo da indústria com os pré-candidatos à Presidência da República

Rosana Hessel

postado em 29/06/2022 10:53 / atualizado em 29/06/2022 10:54

(crédito: Iano Andrade / CNI)

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, defendeu a necessidade de uma agenda nacional de longo prazo para os presidenciáveis que pretendem disputar as eleições deste ano. De acordo com ele, sem esse planejamento amplo, que não aparece nos discursos dos atuais pré-candidatos, não há como garantir um crescimento econômico e o desenvolvimento do país em um contexto evolutivo global, focado em medidas ambientais sustentáveis.

“Para o país dar esse salto evolutivo, é preciso uma estratégia nacional de longo prazo e que estimule a ciência e a inovação”, ressaltou Robson Andrade, nesta quarta-feira (29/6), durante a abertura do Diálogo da indústria com os pré-candidatos à Presidência da República.

Estão previstas as participações de três pré-candidatos: Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT), na parte da manhã. E, à tarde, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que participará da primeiro sabatina com presidenciáveis. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado, mas não confirmou presença no evento na capital federal.

Confira discurso de abertura do evento:

“O Brasil precisa aproveitar as oportunidades da indústria 4.0 e de descarbonizarão da economia, que vão determinar o futuro das empresas e o progresso das nações. Nesse cenário, a inovação é o motor do desenvolvimento”, reforçou Andrade.

Reforma tributária

O presidente da CNI informou que a entidade preparou um documento com 21 propostas para os pré-candidatos que devem ajudar na construção dessa agenda de longo prazo, garantindo crescimento econômico e a melhoria da qualidade de vida da população. “Muitos (problemas) já foram discutidas. Agora, é preciso concentrar esforços solucionar essas questões”, disse Andrade.

Entre as propostas da CNI, estão o combate à insegurança jurídica e seus custos elevados e a necessidade de aprovação da reforma tributária que está no Congresso Nacional, a PEC 110/2019, que é defendida pelo setor produtivo. “A reforma tributária já foi amplamente discutida e está pronta para votação no Congresso. Precisamos de um sistema tributário mais eficiente que estimule a criação de empregos”, reforçou o empresário.

Outras propostas da CNI estão focadas em meio ambiente e sustentabilidade, com foco no desenvolvimento do mercado de carbono e na transição energética para adoção de fontes alternativas e de energia limpa, além de fortalecer a Política Nacional de Biocombustíveis. De acordo com a entidade, as regras de licenciamento ambiental precisam ser modernizadas.