A Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu, nesta quinta-feira (23/6), uma notícia-crime contra o pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) apresentada pelo Ministério da Defesa e as Forças Armadas. Eles acusam o político de “incitar, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade”.
A nota divulgada pela Defesa afirma que a ação nasceu por conta das declarações de Ciro Gomes que, em entrevista à rádio CBN, falou sobre o crime organizado na Amazônia e a atuação das Forças Armadas. Segundo o pré-candidato, o presidente Jair Bolsonaro (PL) destruiu construções de comando e controle na região e transformou o local em “holding de crime".
O político também diz que o "narcotráfico é claramente protegido por autoridades brasileiras, inclusive as Forças Armadas".
“Não é admissível, em um estado democrático, que sejam feitas acusações infundadas de crime, sem a necessária identificação da autoria por parte do acusador e sem a devida apresentação de provas, ainda mais quando dirigidas a Instituições perenes do Estado brasileiro”, diz o ministério, em nota.
A Defesa também afirma que Gomes cometeu o crime de “Propalar fatos, que sabe inverídicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o crédito das Forças Armadas ou a confiança que estas merecem do público” (artigo 219, do Código Penal Militar)”.
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