Escândalo na Educação

Randolfe diz que, se instalada, priorizará CPI do MEC à campanha de Lula

Para o senador, que é um dos coordenadores da campanha de Lula à Presidência, a CPI é fundamental para que as instituições de fiscalização consigam realizar o trabalho de investigação sobre o esquema de corrupção do Ministério da Educação

Tainá Andrade
postado em 23/06/2022 16:46 / atualizado em 23/06/2022 16:47
 (crédito:  Jefferson Rudy/Agência Senado)
(crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O líder da oposição no Senado Federal e autor do requerimento para abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MEC, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que se os trabalhos da comissão engatarem ainda no período da campanha eleitoral, sua prioridade será a CPI e que deixará a campanha à Presidência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de lado.

O parlamentar é um dos coordenadores da campanha do petista. “O meu desejo particular e pessoal é estar na campanha [de Lula]. Mas, ao final, se os colegas disserem que eu tenho que estar na CPI, aí vou ter que deixar a campanha”, disse. Para o senador, a CPI é o melhor instrumento que o Senado Federal tem para cumprir o papel de fiscalizar.

Sobre a questão se é necessária a abertura de uma comissão parlamentar para investigar algo que o Judiciário já está trabalhando, Randolfe ressalta que o papel da CPI é ajudar as instituições a trabalharem.

“Nessa altura, eu acho que o papel central da CPI vai ser dar a retaguarda e o apoio político que a parte jurídica não tem agora. Claramente a parte jurídica institucional, polícia, CGU (Controladoria-Geral da União) e outros estão sob pressão, porque nós não estamos em uma circunstância normal, estamos em uma circunstância de governo Bolsonaro, em que as instituições são sempre pressionadas. Ter uma CPI é bom para dar a esta área que está atuando, está trabalhando, a tranquilidade necessária”, explicou.

Mais cedo, Randolfe informou que conseguiu assinaturas suficientes para instaurar a comissão, mas aguarda alguns nomes para chegar a 30 assinaturas e protocolar o pedido junto à mesa de diretoria do Senado.

Na lista já estão:

Randolfe Rodrigues (Rede-AP);
Paulo Paim (PT-RS);
Humberto Costa (PT-PE);
Soraya Thronicke (União Brasil – MS);
Fabiano Contarato (PT-ES);
Jorge Kajuru (Podemos-GO);
Zenaide Maia (Pros-RN);
Paulo Rocha (PT-PA);
Omar Aziz (PSD-AM);
Rogério Carvalho (PT-SE);
Reguffe (União Brasil-DF);
Leila Barros (PDT-DF);
Jean Paul Prates (PT-RN);
Jaques Wagner (PT-BA);
Eliziane Gama (Cidadania-MA);
Mara Gabrilli (PSDB-SP);
Nilda Gondim (MDB-PB);
Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB);
José Serra (PSDB-SP);
Tasso Jereissati (PSDB-CE);
Cid Gomes (PDT-CE);
Alessandro Vieira (PSDB-SE);
Dario Berger (PSB-SC);
Simone Tebe (MDB-MS);
Eduardo Braga (MDB-AM);
Rafael Tenório (MDB-AL);
Alexandre Giordano (MDB-SP)

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