Mesmo após parte da base aliada do governo ter pulado fora do barco da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Preço dos Combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém a mesma posição. Em entrevista ocorrida na manhã desta quarta-feira (22/6), ele afirmou que se ainda fosse deputado, assinaria o pedido para abertura do colegiado.
"Eu assinaria essa CPI se fosse deputado para ver, entre outras coisas, como é composição do preço do combustível na Petrobras. É você saber também a questão do endividamento da Petrobras, por que endividou, é você mostrar para população porque três refinarias que começaram com Lula deram prejuízo de R$ 1 bilhão e não refinam um barril de petróleo", afirmou o presidente em entrevista à rádio Itatiaia.
O pedido de abertura da CPI do Preço dos Combustíveis começou a circular nesta segunda-feira (20/6). Mesmo após a renúncia de José Mauro Coelho da presidência da Petrobras, a base aliada se articula em favor de Bolsonaro. Para instalar o colegiado são necessárias 171 assinaturas e, até o momento, há cerca de 127. Ainda na segunda, Bolsonaro reafirmou sobre o desejo de prosseguir com o colegiado.
“Estou acertando uma CPI na Petrobras. ‘Ah, você que indicou o presidente’. Sim, mas quero a CPI. Ué, por que não? Investiga o cara. Se não der em nada, tudo bem. Mas os preços da Petrobras são um abuso”, disse a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.
Mesmo com recuo de parte da base aliada, o presidente não deve desistir da CPI. “Ele já falou né, difícil desistir”, disse um parlamentar ao Correio
No requerimento, os deputados querem investigar a conduta da Diretoria e do Conselho da Petrobras sobre os preços; instituição do modelo de gestão da estatal; motivos do endividamento da companhia e gerenciamento do passivo; impacto da concessão de benefícios corporativos sobre os preços praticados; modelo tributário dos combustíveis e derivados; e os efeitos decorrentes da sonegação fiscal.
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