O ministro da Educação, Victor Godoy, recebeu os agentes da Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (22/6), para a realização das buscas e apreensões que possam colaborar na operação que prendeu o ex-chefe da pasta Milton Ribeiro. Na saída, em conversa com os jornalistas, Godoy, que já foi braço direito do investigado, afirmou que não presenciou nenhuma irregularidade no MEC.
"Nunca tive conhecimento de qualquer tipo de postura do ex-ministro, na minha frente, que pudesse levar a desconfiança", afirmou. Segundo ele, "caso qualquer pessoa tenha praticado qualquer irregularidade e seja comprovada a sua culpa, isso tem que ser objeto de responsabilização".
Saiba Mais
Godoy ainda ressaltou a própria trajetória no serviço público e reforçou que não compactua com nenhum crime. Ele disse que irregularidades, como as que o ex-ministro é acusado de ter cometido, acontecem "de maneira velada" e afirmou ainda que o governo "não compactua com qualquer tipo de irregularidade ou desvio".
"Ainda mais recurso da Educação. Todos sabemos o momento que temos vivido na educação brasileira e mundial, com a pandemia [da covid-19]", destacou.
Malote pequeno
Compareceram hoje ao Ministério da Educação cinco agentes descaracterizados para buscar os materiais. Eles saíram do MEC apenas com um malote pequeno. Mais cedo, em nota, a pasta disse que está colaborando com a PF para os desdobramentos da apuração.
“O Ministério da Educação esclarece que recebeu hoje (22) equipe da Polícia Federal para continuar colaborando com todas as instâncias de investigação que envolvem a gestão anterior da pasta. No sentido de esclarecer todas as questões, o MEC reforça que continua contribuindo com os órgãos de controle para que os fatos sejam esclarecidos com a maior brevidade possível”, diz o comunicado oficial da pasta.
Prisão do ex-ministro
O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi preso nesta manhã pela Polícia Federal, em São Paulo. Ele deve ser levado para Brasília ainda nesta quarta-feira. A investigação apura o envolvimento dele nos crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência em um suposto envolvimento em um esquema para liberação de verbas do MEC.
Ribeiro foi demitido do cargo de ministro após o escândalo dos “pastores do MEC”. Em áudios divulgados pela imprensa, ele afirmou priorizar pastores aliados na liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Na gravação, ele ainda cita que o favorecimento era um pedido expresso do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Saiba Mais
- Política Procuradores vão ao STF pedir suspensão da uniformização do ICMS dos combustíveis
- Política General Villas Bôas é exonerado do Gabinete de Segurança da Presidência
- Política Aras cobra dos governos federal e estadual mais segurança no Vale do Javari
- Brasil Procuradora é agredida violentamente por colega dentro de prefeitura em SP
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.