Em todos os cenários pré-eleitorais, o que tem chamado mais a atenção dos partidos é a disputa para o governo de São Paulo, considerada a eleição mais intrincada do ponto de vista estratégico. Apesar da liderança de Fernando Haddad (PT), o quadro de candidatos ainda não está consolidado e, ao contrário do que espera o partido, a tendência é um reforço à candidatura de Márcio França, do PSB.
O apoio à França deixa a sigla numa situação mais confortável, porque a candidatura do ex-governador deixa o PSD no centro e com espaço para escolher o que melhor lhe prouver num segundo turno, caso Márcio França não chegue lá. Se ele for ao segundo turno, os integrantes do PSD calculam que a vitória é certa, porque, se for contra o PT, ele agregará a turma do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos). Se for contra o candidato
de Jair Bolsonaro (PL), o PT o apoiará para não dar a vitória ao bolsonarismo.
Em tempo: Gilberto Kassab (PSD) continuará defendendo a candidatura própria, mas dá a senha a essa composição, ao dizer que Felício Ramuth, pré-candidato ao governo pelo partido, tem o direito de escolher o caminho. E, com 1% de intenção de voto em algumas pesquisas, o PSD prefere uma vice com mais chances, seja de vitória ou de negociação, do que uma candidatura perdida.
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