A Polícia Federal confirmou, nesta sábado (18/6), que parte dos restos mortais encontrados na região do Vale do Javari, no Amazonas, são do indigenista Bruno Pereira. A identificação do jornalista britânico Dom Phillips já tinha sido confirmada nesta sexta (17/6).
Os corpos dos dois foram identificados com base na arcada dentária. Nesta sexta, um exame papiloscópico, de impressões digitais, também complementou a identificação de Dom Phillips. De acordo com a PF, não há indicativos de presença de restos mortais de outras pessoas em meio ao material coletado.
A perícia também concluiu que Dom Phillips foi morto com um tiro no tórax e Bruno Pereira por três, na cabeça e no tórax. A munição usada foi "típica de caça, com múltiplos balins".
A PF informou que "os trabalhos dos peritos do Instituto Nacional de Criminalística, nos próximos dias, serão concentrados nos exames de Genética Forense, Antropologia Forense e métodos complementares de Medicina Legal, para identificação completa dos remanescentes e compreensão da dinâmica dos eventos".
Três pessoas estão presas suspeitas de envolvimento no crime. Na quarta, Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado" confessou os assassinatos e apontou o local onde estavam depositados os corpos. Além dele, estão presos o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, e Jeferson da Silva Lima, conhecido como "Pelado da Dinha", que foi preso na manhã deste sábado.
Dom e Bruno desapareceram no dia 5 de junho enquanto percorriam uma viagem de duas horas no Vale do Javari, no oeste do Amazonas. A região é conhecida por abrigar a maior quantidade de indígenas não-contatados do mundo. A reserva tem sofrido com constantes conflitos com criminosos que tentam explorar as riquezas da região.
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