UBERLÂNDIA

Lula e Kalil: operadores de drone dizem que atiraram veneno no público

Cicula nas redes sociais imagens do momento em que operador de drone jogou substância de odor forte em público do evento de Lula e Kalil em Uberlândia

Roger Dias - Estado de Minas
postado em 16/06/2022 20:14 / atualizado em 16/06/2022 20:15
 (crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)
(crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Todo o planejamento da operação que levou um drone a atirar substâncias de forte odor nos apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, vieram à tona nesta quinta-feira (16/6). Um vídeo que circula nas redes sociais supostamente feito por um dos operadores mostra o instante em que o equipamento sobrevoa o Centro Universitário do Triângulo (Unitri), local do evento em Uberlândia.

Três pessoas foram presas pela Polícia Militar acusadas de manusear o drone. Eles prestaram depoimento e assinaram o Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO), ficando com a incumbência de dar explicações à Justiça.

Várias pessoas que estiveram no ato alegaram que os autores haviam atirado urina e fezes no público, mas eles alegaram nas imagens que a substância se tratava de um veneno. A quantidade seria 2 litros.

“Pode levantar. Joga pra cima do palco. Joga pra cima do palco”, disse uma das pessoas que aparentemente filmava a ação. “Roda mais para o lado da arquibancada”, continuou.

Outro indivíduo que guiava o aparelho disse que a vazão do líquido “estava no máximo” e que “o povo estava correndo”. O próprio controlador garantiu que haviam 2 litros.

Ele também frisou que várias pessoas estavam arremessando objetos em direção ao drone, provavelmente para derrubá-lo. Os dejetos foram atirados por volta das 16h30 dessa quarta-feira (15/6). Os suspeitos não tinham autorização para usar o equipamento.

Drone apreendido

A Polícia Militar alcançou os suspeitos em uma caminhonete perto do local do evento. O drone foi apreendido. Após a prisão dos suspeitos, a PM alegou que o conteúdo arremessado era um produto químico usado para atrair moscas na lavoura.

O equipamento teria partido de um condomínio vizinho. Na caminhonete dos autores foi possível ver um adesivo de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), principal adversário de Lula nas eleições de outubro.

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