A Polícia Federal ouve, na tarde desta terça-feira (14/6), o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta. A sigla foi incluída no inquérito das fake news, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O interrogatório da corporação busca esclarecimentos sobre os ataques feitos nas redes oficiais da legenda contra os integrantes da Corte.
Moraes também chegou a determinar o bloqueio das contas das redes sociais ligadas à sigla. O partido, de extrema-esquerda, acusou a Corte de golpe e chegou a chamar o magistrado de "skinhead". A legenda ainda defendeu a "dissolução" do Supremo — o que seria inconstitucional.
"Em sanha por ditadura, skinhead de toga retalha o direito de expressão, e prepara um novo golpe nas eleições. A repressão aos direitos sempre se voltará contra os trabalhadores! Dissolução do STF", disse o partido.
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Outra crítica da sigla foi a ordem de bloqueio ao aplicativo Telegram, que se negava a cumprir medidas judiciais impostas por Alexandre de Moraes. O PCO chamou a decisão de ditadura e disse que a medida se tratava de tentativa de fraude às eleições.
O ministro determinou bloqueio dos perfis do PCO no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, Telegram e Tiktok. Moraes também mandou que o corregedor-geral eleitoral, ministro Mauro Campbell, fosse oficiado para apurar possível violação à resolução que veda o compartilhamento de fatos inverídicos contra o processo eleitoral.
Na decisão, Moraes disse que há fortes indícios de que a infraestrutura partidária do PCO, partido político que recebe dinheiro público, tenha sido utilizada para impulsionar a propagação das declarações criminosas, por meio dos perfis oficiais da legenda e no portal do próprio partido.
“Portanto, há relevantes indícios da utilização de dinheiro público por parte do presidente de um partido político — no caso, o PCO — para fins meramente ilícitos, quais sejam a disseminação em massa de ataques escancarados e reiterados às instituições democráticas e ao próprio Estado Democrático de Direito, em total desrespeito aos parâmetros constitucionais que protegem a liberdade de expressão”, escreveu o ministro.
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