O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a questionar a integridade do processo eleitoral brasileiro, na manhã desta terça-feira (14/6). O chefe do Executivo comparou as eleições presidenciais a um “self-service”, e disse que às vezes é necessário que se escolha o “menos ruim”.
“Eleições para presidente em especial é um self service, é o que tem na mesa. Não adianta pedir camarão se não tem camarão, quero um cordeiro se não tem cordeiro. É o que está na mesa. E, às vezes, estando na mesa, você vai ter que comer. Vamos escolher o melhor ou o menos ruim. E assim foi feito em 2018”, disse. Bolsonaro participou do Brasil Investment Forum 2022 (BIF 22), em São Paulo (SP), e discursou por pouco mais de 30 minutos.
Na ocasião, o mandatário também voltou a questionar a lisura do sistema eletrônico de votação -- "eu venci no primeiro turno" -- e disse que não é obrigado a confiar no mesmo. “Eu posso apresentar falhas. Eu posso dizer como foi a eleição de 2014, que no meu entendimento técnico, o Aécio ganhou. Eu, técnico, com a documentação que eu tenho do próprio TSE, (posso) falar que eu ganhei no primeiro turno. Não posso falar isso? Vão cassar meu registro?”, indagou o presidente.
Bolsonaro disse não estar com medo da eleição, mas admitiu que “não tinha nada para estar aqui”, como presidente, e que “a mão de Deus foi colocada sobre o Brasil”. “Nasci para ser militar, fiquei 15 anos no Exército Brasileiro. Entrei na política meio por acaso”, disse.
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