Em pronunciamento à imprensa nesta segunda-feira (13/6), o presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou sobre o reajuste aos servidores federais — que até o momento não teve indícios de que sairá do papel. Sobre o tema, o presidente lamentou.
“O servidor está sem reajuste, eu lamento. Chegou mais uma conta para eu pagar agora, mais R$ 9 bilhões. Eu tenho um teto. Vou cortar de tudo o que é ministério. Até de Saúde e Educação. R$ 9 bilhões. Entrou ali o Plano Safra, entrou os precatórios, entrou o bônus”, relatou. Segundo o chefe do Executivo, a ideia era conceder ao menos 5% de reajuste cortando verba dos ministérios.
“Lamentavelmente, não tem reajuste para servidor. Nós estamos tentando agora. Tem que vencer a legislação eleitoral, dobrar, no mínimo, o valor do auxílio alimentação. Agora, já pedi para encaminhar no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) do ano que vem, reajuste e reestruturação de carreiras. Alguns estão dizendo que eu não posso botar no PLOA porque é ano eleitoral”, disse.
No entanto, Bolsonaro afirmou que precisa “estar amparado” para realizar a estratégia. Durante sua fala, comentou que esteve com Paulo Guedes para tratar do tema. “Eu tentei aqui reestruturar, por exemplo, a Polícia Rodoviária Federal, que faz um trabalho excepcional, a grande maioria dos servidores faz, mas tinha bronca de outros servidores de outros setores, setor público [falando] 'ah, vou ameaçar parar'".
O presidente frisou que havia recurso para o reajuste da PRF, mas não o fez pela insatisfação das demais categorias. “Podia fazer isso daí, tinha recurso, como tinha para a PRF, mas os demais servidores, que são vitais para o Brasil também, ameaçaram entrar em greve [...] Agora, se alguém apontar onde eu posso usar recursos, eu dou reajuste agora, em 20, 30, 40% para todo mundo. Para o ano que vem é possível, estamos preparando”, finalizou.
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