No último domingo (5/6), o programa Fantástico, da Rede Globo, exibiu uma reportagem em que explorava a possibilidade do desenvolvimento de vacinas em formato de spray, que seriam capazes de impedir a infecção pelo SARS-CoV-2. Apesar de não ter falado de nenhum fármaco específico, as redes sociais foram tomadas por publicações compartilhadas mais de 6 mil vezes, em que questionavam a edição e a falta de menção ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que enviou uma comitiva a Israel, em 2021, para saber mais sobre o mesmo produto.
No entanto, as pesquisas mostradas na reportagem, e o produto defendido por Bolsonaro não se tratam do mesmo fármaco. Mesmo assim, o presidente questionou, em live, nesta sexta-feira (10/6), os motivos da falta de menção à iniciativa do Executivo, em fevereiro do ano passado. “Nós mandamos uma delegação para Israel, para nos inteirarmos sobre o spray nasal que Israel estava desenvolvendo. Era fase experimental, mas eu queria trazer para o Brasil, era fase experimental, como as vacinas também estavam em fase experimental. [...] Aqui no Brasil virou motivo de piada, fui esculachado, muita pressão da mídia, até de profissionais de saúde, que ficaram receosos com essa possível importação”, criticou.
Bolsonaro citou, ainda, a reportagem veiculada pelo portal G1, intitulada “Vacina de spray nasal é o caminho para o fim da pandemia de covid, apontam especialistas”, e completou, em tom irônico: “Parabéns à Globo, só faltou obviamente citar o meu nome, e desfazer o que vocês fizeram um ano e pouco atrás, quando vocês me ridicularizam na questão do spray nasal. É uma realidade, vai chegar no Brasil, e imagine quantas dezenas de milhares de mortes poderiam ter sido evitadas com o spray nasal”, disse. Nem a reportagem do Fantástico, nem a do G1 mencionam spray desenvolvido em Israel.
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