pandemia

Bolsonaro diz que foi "esculachado" por sugerir vacina de spray nasal

Após matéria exibida na Rede Globo, que mostrou vacinas desenvolvidas nesse formato, apoiadores do presidente questionaram nas redes sociais o motivo de ele não ter sido mencionado

Taísa Medeiros
postado em 10/06/2022 21:36
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

No último domingo (5/6), o programa Fantástico, da Rede Globo, exibiu uma reportagem em que explorava a possibilidade do desenvolvimento de vacinas em formato de spray, que seriam capazes de impedir a infecção pelo SARS-CoV-2. Apesar de não ter falado de nenhum fármaco específico, as redes sociais foram tomadas por publicações compartilhadas mais de 6 mil vezes, em que questionavam a edição e a falta de menção ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que enviou uma comitiva a Israel, em 2021, para saber mais sobre o mesmo produto.

No entanto, as pesquisas mostradas na reportagem, e o produto defendido por Bolsonaro não se tratam do mesmo fármaco. Mesmo assim, o presidente questionou, em live, nesta sexta-feira (10/6), os motivos da falta de menção à iniciativa do Executivo, em fevereiro do ano passado. “Nós mandamos uma delegação para Israel, para nos inteirarmos sobre o spray nasal que Israel estava desenvolvendo. Era fase experimental, mas eu queria trazer para o Brasil, era fase experimental, como as vacinas também estavam em fase experimental. [...] Aqui no Brasil virou motivo de piada, fui esculachado, muita pressão da mídia, até de profissionais de saúde, que ficaram receosos com essa possível importação”, criticou.

Bolsonaro citou, ainda, a reportagem veiculada pelo portal G1, intitulada “Vacina de spray nasal é o caminho para o fim da pandemia de covid, apontam especialistas”, e completou, em tom irônico: “Parabéns à Globo, só faltou obviamente citar o meu nome, e desfazer o que vocês fizeram um ano e pouco atrás, quando vocês me ridicularizam na questão do spray nasal. É uma realidade, vai chegar no Brasil, e imagine quantas dezenas de milhares de mortes poderiam ter sido evitadas com o spray nasal”, disse. Nem a reportagem do Fantástico, nem a do G1 mencionam spray desenvolvido em Israel.

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