FORÇAS ARMADAS

Ministro da Defesa: "Forças Armadas não se sentem devidamente prestigiadas"

No documento enviado ao TSE, o General Paulo Sérgio aponta que as sugestões feitas precisavam ser esclarecidas e tinham a intenção de ir a debate o quanto antes

Cristiane Noberto
postado em 10/06/2022 19:45 / atualizado em 10/06/2022 19:46
O General Paulo Sérgio ainda reforçou que o trabalho das Forças Armadas foi em busca de gerenciar riscos e trazer maior transparência nas eleições para a sociedade -  (crédito: Billy Boss/Câmara dos Deputados)
O General Paulo Sérgio ainda reforçou que o trabalho das Forças Armadas foi em busca de gerenciar riscos e trazer maior transparência nas eleições para a sociedade - (crédito: Billy Boss/Câmara dos Deputados)

O ministro da Defesa, General Paulo Sérgio, enviou uma carta ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, afirmando que as sete sugestões feitas pelas Forças Armadas para melhoria da segurança das urnas não foram discutidas até o momento e, por isso, não “se sentem devidamente prestigiadas”.

No documento, o ministro aponta que as sugestões feitas precisavam ser esclarecidas e tinham a intenção de ir a debate o quanto antes. A Corte — até o momento — apenas apresentou que havia divergências entre as propostas das Forças Armadas, mas não marcou reunião para a discussão.

“Até o momento, não houve a discussão técnica mencionada, não por parte das Forças Armadas, mas pelo TSE ter sinalizado que não pretende aprofundar a discussão. (...) Até o momento, reitero, as Forças Armadas não se sentem devidamente prestigiadas por atenderem ao honroso convite do TSE para integrar a CTE (Comissão de Transparência das Eleições)”, escreveu o ministro.

Ele ainda reforçou que o trabalho das Forças Armadas foi em busca de gerenciar riscos e trazer maior transparência nas eleições para a sociedade. “A transparência permite à sociedade conhecer e aceitar o nível de segurança do processo eleitoral diante de eventuais riscos. Reitero que as sugestões propostas pelas Forças Armadas precisam ser debatidas pelos técnicos”, diz o texto.

“O fato de as Forças Armadas identificarem possíveis oportunidades de melhoria e apresentarem sugestões para tratá-las tem como único objetivo trabalhar, responsavelmente, para proteger o processo eleitoral e fortalecer a democracia", completou.

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