A Procuradoria-Geral da República (PGR) acionou a Polícia Federal contra os brasileiros que questionaram Augusto Aras, procurador-geral da República, em um vídeo gravado durante uma viagem a Paris, em abril. O PGR pretendia transformar o episódio em uma tentativa de interferência na autonomia e independência do Ministério Público.
O pedido foi assinado pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, logo após o caso. No entanto, a PF descartou os crimes de segurança nacional e apurou apenas a suspeita de injúria e difamação contra Aras.
O grupo cobrava o PGR sobre o Bolsolão — investigações sobre suspeitas de corrupção no Ministério da Educação (MEC) e a compra de 35 mil comprimidos de viagra pelas Forças Armadas, que é apurado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
"Vamos investigar lá o bolsolão do MEC, pastor fazendo reunião, vamos investigar o Bolsonaro gastando milhões em viagra do Exército. Cadê a investigação, procurador? Aqui em Paris não tem nada para encontrar, não. Pode deixar que a gente procura. Tem que procurar lá em Brasília", disseram os brasileiros na ocasião.
Antes, os brasileiros disseram que "dar rolezinho em Paris é legal". E questionaram: “E abrir processo, procurador? Vamos lá investigar, procurador? Ou vai continuar engavetando?".
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