O encontro do presidente Jair Bolsonaro (PL) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta quinta-feira, 9, o primeiro entre os dois líderes, foi protocolar e houve esforço por parte do chefe do Executivo brasileiro em adotar um tom mais moderado e prudente. A avaliação é do professor de relações internacionais da UERJ Paulo Velasco.
"O encontro não fugiu do esperado. Vimos um Bolsonaro mais moderado, mais prudente, até porque ele sabe que parte de uma posição desconfortável, já que tem no Biden um interlocutor pouco alinhado com o que ele pensa", disse.
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"A saída de cena de Donald Trump, ex-presidente dos EUA, aliado de Bolsonaro levou o Brasil a repensar excessos que vinha praticando do ponto de vista diplomático. Sem seu grande aliado, a moderação é o único caminho possível para um Brasil que se encontra muito isolado", continuou.
Antes do encontro bilateral de cerca de 50 minutos, Bolsonaro discursou por cerca de seis minutos e falou sobre as eleições brasileiras, a proteção da Amazônia e a relação com a Rússia.
Em alguns momentos na Cúpula das Américas, segundo Velasco, Bolsonaro manteve a retórica mais soberanista sobre Amazônia e colocou em xeque a lisura das eleições. "Mas na hora de conversar com Biden eu o vi mais prudente", completou.
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