DECLARAÇÃO

Bolsonaro repete "aventura" por desaparecidos: "A gente lamenta pelo pior"

O presidente Bolsonaro disse ainda que a chance de encontrar o indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai) Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips vivos "diminui a cada dia"

Ingrid Soares
postado em 09/06/2022 22:04 / atualizado em 09/06/2022 22:04
Na última terça-feira (7/6), Bolsonaro disse que os dois estavam em
Na última terça-feira (7/6), Bolsonaro disse que os dois estavam em "uma aventura que não é recomendável que se faça" - (crédito: ISAC NOBREGA)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a caracterizar nesta quinta-feira (09/06) em Los Angeles que os desaparecidos na Amazônia — o indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai) Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian — foram para uma “aventura”. Ainda segundo o chefe do Executivo, a chance de encontrá-los vivos “diminui a cada dia”.

“Não tenho notícias do paradeiro deles. Pedimos a Deus que sejam encontrados vivos, mas sabemos que a cada dia que passa essa chance diminui. Eles entraram em uma área, não participou a Funai. Tem um protocolo a ser seguido, e naquela região geralmente a gente anda escoltado. Foram para uma aventura. A gente lamenta pelo pior", disse Bolsonaro.

À noite, o presidente postou em uma rede social: "Nossas três Forças, bem como nosso MRE, a Polícia Federal, dentre outros, estão trabalhando desde segunda-feira (6) de forma intensa na busca dos senhores Bruno Pereira e Dom Phillips. Mais de duas centenas de militares foram mobilizados para solucionar o caso o quanto antes. Instruí meus auxiliares a não se distraírem com narrativas midiáticas para que possam concentrar todas as energias no monitoramento dos trabalhos e nas buscas. Esses oportunistas só querem se promover com o caso. Nós queremos solucioná-lo e levar conforto aos familiares", escreveu.

Na última terça-feira (7/6), Bolsonaro disse que os dois estavam em "uma aventura que não é recomendável que se faça" e afirmou ainda que, entre as hipóteses, "pode ser que tenham sofrido um acidente" ou que "tenham sido executados".

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