ELEIÇÕES 2022

Economia "influencia muito" o voto para mais da metade dos eleitores

Para 56% dos entrevistados na pesquisa Quaest/Genial, a situação econômica do país "influencia muito no voto"; 20% dizem que "não influencia"; 11% "influencia pouco"; 10% influencia mais ou menos

Roberto Fonseca
postado em 08/06/2022 16:23 / atualizado em 08/06/2022 16:31
 (crédito: Andre Taissin/Unsplash)
(crédito: Andre Taissin/Unsplash)

A pesquisa Quaest/Genial, divulgada nesta quarta-feira (8/6), mostra como a percepção da economia do Brasil vai influenciar no resultado da eleição presidencial. Para 56% dos entrevistados, a situação econômica do país "influencia muito no voto"; 20% dizem que "não influencia"; 11% "influencia pouco"; 10% influencia mais ou menos; 4% não sabem nem responderam.

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A percepção dos brasileiros sobre o futuro e os últimos meses é validada por números oficiais: há nove meses o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplos 15 (IPCA–15), considerado uma medida da inflação do país, anual está acima dos dois dígitos.

Nos últimos 12 meses, o índice acumulou alta de 12,20%, a maior inflação anual no país desde novembro de 2003 — quando foi registrado taxa de 12,69%. Com o preço da compra mensal dos brasileiros cada vez mais alto, 61% dos entrevistados afirmaram que a economia do país está no caminho errado.

A pesquisa Quaest/Genial também perguntou qual a percepção dos entrevistados sobre a economia do país nos últimos 12 meses. Para 63% dos entrevistados, houve uma piora, um ponto percentual acima do registrado no mês passado. Outros 21% consideram que a situação ficou do mesmo jeito e 15% avaliam que melhorou. Não sabe/não responderam representam 1%.

Em relação à corrida presidencial, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto para o Palácio do Planalto. No cenário testado com mais pré-candidatos, o petista aparece com 46% na pesquisa estimulada —quando o entrevistado recebe uma lista prévia com os nomes dos presidenciáveis.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece em segundo lugar, com 30%, Ciro Gomes (PDT) é o terceiro, com 7%. André Janones (Avante) soma 2%, enquanto Simone Tebet (MDB) e Pablo Marçal (Pros) têm 1% cada. Todos esses pré-candidatos empatam na margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Os demais não pontuaram.

A pesquisa ouviu 2 mil pessoas de 27 unidades da Federação, face a face, entre 2 e 5 de junho. O índice de confiança, segundo o instituto, é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-03552/2022 e teve o custo de R$ 268.742,48. Segundo a empresa, foram sorteados 120 municípios com base no método PPT (probabilidade proporcional ao tamanho).

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