O jurídico ligado ao comitê de campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu não dar continuidade a uma ação contra o ex-presidente Lula da Silva (PT). O chefe do Executivo estava pensando em processar o petista por afirmar que pessoas próximas ao chefe do Executivo teriam matado a ex-vereadora Marielle Franco. As declarações foram feitas na semana passada, enquanto Lula discursava em um evento em Porto Alegre (RS).
A informação de que Bolsonaro cogitava processar Lula foi revelada pelo jornalista Caio Junqueira, da CNN, e confirmada pelo Correio.
A fala de Lula foi feita na última quarta-feira (1º/6), mas o nome de Bolsonaro não foi citado diretamente. “Quando a gente não pode se aproximar do governante, quando o governante tem um lado, um lado obscuro, porque a gente não sabe a qualidade de todos os milicianos dele, o que a gente sabe é que gente dele, sabe, não tem pudor de ter matado a Marielle”, disse.
No domingo (5/6), o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), criticou a fala do petista e disse que é a “a maior fake news que um homem público” já disse no Brasil. “Dizer que pessoas próximas ao presidente Bolsonaro mataram a vereadora Marielle é de uma irresponsabilidade, de uma leviandade sem precedente. Isso sim é uma fake news”, afirmou e ainda falou estar “estarrecido” com a conduta do petista.
Marielle e o motorista Anderson Gomes foram assassinados no Rio de Janeiro em abril de 2018. O policial militar reformado Ronnie Lessa é um dos suspeitos do crime. Na semana passada, ministros do Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negaram recursos para acelerar o julgamento.
Procurada pela reportagem, a assessoria de Lula afirmou que não irá comentar o caso agora.
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