O pré-candidato ao Planalto Ciro Gomes (PDT) criticou nesta sexta-feira (3/6) a fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na qual ele defende que seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), nunca defendeu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
"O Lula está mesmo querendo reescrever toda a história", disse Ciro em vídeo divulgado hoje em suas redes sociais. "Depois de dizer que não houve corrupção no seu governo, e que foi inocentado pela Justiça, coisa que nunca aconteceu, agora o Lula quer reescrever a história do Alckmin".
Depois de dizer que não houve corrupção em seu governo e que foi inocentado pela Justiça (coisa que nunca aconteceu), Lula agora afirmou categoricamente que Alckmin não apoiou o impeachment de Dilma. Só rindo pra não chorar! Bora prestar atenção, meu povo! pic.twitter.com/Hl7brXzYQz
— Ciro Gomes (@cirogomes) June 3, 2022
Na última terça-feira (31/5), em entrevista à Rádio Bandeirantes FM de Porto Alegre (RS), o ex-presidente afirmou que Alckmin nunca apoiou o impeachment de Dilma. “Ele não só era contra como pediu um parecer de um advogado que deu um parecer contra o impeachment. Não fale isso porque o Alckmin é um companheiro de bem e vai me ajudar de forma extraordinária a consertar este país”, disse.
Em seu vídeo, Ciro divulgou, além da fala de Lula, uma entrevista de Geraldo Alckmin ao SBT em 19 de abril de 2016, ano no qual o impeachment ocorreu. Nela, Alckmin afirma que "o PSDB agiu corretamente, votando favoravelmente ao impeachment. Temos o dever de apoiar o governo, o possível governo Temer aí na frente".
Ciro Gomes classificou a fala de Lula como pós-verdade, "um nome novo para mentira". "Essa forma de narrativa falsa que é usada por todos os autocratas de direita e de esquerda", afirmou.
"Esse cara está tão senhor de si que agora não se contenta em reescrever a sua própria história. Ele quer reescrever a história de todos que o cercam", disse ainda o presidenciável do PDT. "Aguardem então novos capítulos das biografias de Zé Dirceu, 26 anos de cadeia, Antônio Palocci, sei lá quantos anos de cadeia, Sérgio Cabral, 300 anos de cadeia, e Geddel Vieira Lima. Todas reescritas por Lula, o santo Deus e intocável da história."
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