A próxima segunda-feira (6/6) será marcada pelo lançamento de mais de 50 pré-candidaturas de pessoas ligadas ao movimento negro que concorrerão a cargos no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas por todo território nacional. A ação, que envolve diversos partidos, tem como objetivo aumentar a representatividade negra no Poder Legislativo.
Nas eleições de 2018, dos 513 deputados eleitos, apenas 125 se autodeclaram negros ou pardos, menos de 25% do total da Câmara Legislativa. 385 se autodeclaram brancos (75%), dois amarelos (0,389%); e um indígena (0,19%).
A iniciativa, chamada de “Quilombo nos Parlamentos", será lançada pela Coalizão Negra por Direitos. “O Brasil precisa de lideranças negras do movimento negro em lugares de poder, para que possamos falar e agir em nosso próprio nome”, destaca Sheila de Carvalho, advogada, diretora do Instituto de Referência Negra Peregum e integrante da Coalizão Negra por Direitos. “Não se trata de um Brasil para os negros, mas de um projeto com negros para o Brasil", completa.
O movimento reforça que, atualmente, a população negra brasileira não está representada no Congresso e nem nas demais casas do Legislativo. “Como resultado, somos derrotados cotidianamente nas ruas, com direitos negligenciados e ameaças constantes às nossas vidas. Se tivermos uma bancada negra em Brasília, isso pode mudar”, explica o historiador Douglas Belchior, coordenador da Uneafro Brasil e integrante da Coalizão Negra por Direitos.
Participam da ação os partidos PT, PSOL, PCdoB, PSB, PDT e Rede. São ao menos 22 pré-candidaturas à Câmara dos Deputados e o restante às Assembleias Legislativas do Distrito Federal e dos seguintes estados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
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