O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) suavizou o tom e afirmou nesta quarta (1º/6) que "esse país era feliz quando a polarização era entre o PT e o PSDB". O presidenciável está em viagem ao Rio Grande do Sul e participou nesta tarde de uma plenária para discutir educação.
"Por que chamar o (Geraldo) Alckmin para ser meu vice?", disse Lula. "A gente tem que perder as coisas para valorizar. Eu já disse para o Alckmin, como esse país era feliz quando a polarização era entre PT e PSDB. Como era feliz esse país quando a polarização era entre a Dilma (Rousseff) e o Alckmin, ou o (José) Serra. (...) eu e o Fernando Henrique Cardoso (FHC). A gente era civilizado. A gente ganhava e perdia".
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A fala ocorre após repercussão negativa de sua declaração na noite desta terça-feira (31/5). Em evento na cidade de São Paulo, Lula afirmou que "o PSDB acabou". Logo depois, o partido afirmou em sua página no Twitter que o PT tem que se explicar ao povo brasileiro por que "quase acabou com o Brasil, que foi salvo da destruição pelo impeachment de Dilma". O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) também se manifestou, dizendo que a declaração foi "arrogante e desrespeitosa".
Segundo o ex-presidente, a transição do governo de FHC para o seu, em 2002, foi "a mais civilizada que esse país conheceu", e lamentou a hostilidade atual na política. "O que aconteceu nesse país em tão pouco tempo? Para a gente criar aquele clima de paz, nós passamos 23 anos para derrubar o regime militar", afirmou.
Plenária sobre educação no Rio Grande do Sul
O ex-presidente está em Porto Alegre e participou da plenária em um hotel na zona central da cidade. Estavam também no evento sua esposa, Janja Silva, seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, a ex-presidente Dilma Rousseff e o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).
O ex-ministro da Educação, Aloízio Mercadante, também discursou sobre as ações dos governos do PT na área da educação, e criticou a gestão de Jair Bolsonaro. “A educação é um bem público, cultural, social e de direito universal. Não é uma mercadoria, não é o privilégio de alguns”, afirmou. “É a primeira vez na história que temos menos matrículas nas universidades federais do que no ano anterior (...) Não basta abrir espaço para o pobre estudar. Se não tiver uma bolsa de estudo, não tem como se manter na universidade”.
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