Segundo Sofia Manzano, pré-candidata à presidência da República pelo PCB, apoiadores do movimento comunista no Brasil estão sendo perseguidos por pessoas que nem sabem o que a ideologia significa. Um desses algozes, segundo ela, é o próprio presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Bolsonaro representa o oposto do comunismo. A política que ele tenta implementar é de corte fascita, o oposto do comunismo. O comunismo significa viver sem ser dominado por outra estrutura de dominação, de violência. É a proposta mais generosa que a humanidade já produziu”, disse a candidata, que é professora de Economia e doutora em história econômica pela Universidade de São Paulo (USP).
Sobre os ataques que o movimento recebe, tanto por Bolsonaro quanto por apoiadores dele, Sofia diz que a perseguição ocorre "de maneira equivocada". "(O comunismo) é uma proposta de viver sem ser violentado da mais diversa forma como somos hoje em dia”, disse.
“Ele (Bolsonaro) diz que é contra (o comunismo) mas não diz o porquê. Ele é contra porque é a favor de uma sociedade violenta, que marca, que discrimina, que mata, xinga mulheres e LGBTs. De fato, tem razão em odiar o comunismo, porque representa toda a luta antifascista e antisegregacionista”, apontou.
Posicionamento contrário ao PSTU no tema das armas
Durante sabatina no Correio, a candidata à Presidência pelo PSTU, Vera Lúcia, disse ser favorável ao armamento da população. Mesmo sendo do mesmo espectro político, Sofia disse que o PCB não aceita "de forma alguma a ideia de armar a população para se defender". "Acho que essa é a forma mais equivocada de resolver o problema da violência no país", disse.
A comunista disse também que é necessário revogar as medidas do governo Bolsonaro que visaram facilitar o acesso as armas. "O PCB defende um controle mais rígido e uma revocação de todas as medidas que esse governo violento de Jair Bolsonaro implementou", disse. "E um combate à entrada de armas no país", completou.
Saiba Mais
Sabatina
O Correio recebeu os pré-candidatos à Presidência nesta terça-feira para uma sabatina, na sede do jornal. Cada participante terá em torno de 50 minutos para responder perguntas sobre temas que interessam à toda a sociedade, como situação da economia, trabalho, direitos, segurança pública, saúde e educação. O evento está sendo transmitido ao vivo pelo site e por todas as redes sociais do jornal.