O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), convidado da Sabatina do Correio, desta terça-feira (31/5), não compareceu ao evento para responder às questões dos jornalistas. Então, a bancada da sabatina comentou a pré-candidatura do ex-presidente do Brasil e os dois mandados dele como chefe do Executivo.
O editor-chefe de política, economia e Brasil, Carlos Alexandre de Souza, afirmou que muitos eleitores e até analistas os colocam como iguais, com viés populistas. Mas, destacou os programas sociais dos governos petistas, como Bolsa Família e que o presidente Jair Bolsonaro (PL), não conseguiu capitalizar.
Ana Maria Campos, colunista do Correio Braziliense pontua que a eleição está muito polarizada entre eleitores de Bolsonaro e Lula, e por isso, todos os assuntos polêmicos serão afastados do debate. " Os dois vão fugir do debate. Bolsonaro e Lula não participaram da sabatina porque todos esses pontos que podem provocar algum tipo de reação ou rejeição serão maquiados. E vários pontos da economia que afetam interesses empresários não serão tocados totalmente até o segundo turno", pontua.
Eleitorado evangélico
A jornalista Ana Maria Campos disse que Bolsonaro precisa crescer entre mulheres e negros e citou a primeira-dama Michelle Bolsonaro e a ex-ministra Damares . “Damares, mesmo candidata ao senado pelo DF, andará pelo Brasil. Ela tem uma linguagem particular com os conservadores”, disse. Ana Maria destacou que pautas como aborto, sensíveis à sociedade conservadora brasileira, nao deve ser dita em uma pré-campanha, como tem feito Lula.
A jornalista Denise Rothenburg disse que Bolsonaro vem conquistando o eleitorado evangélico há muito tempo. “Ele é grosseiro, mas para cultos ele vai”, disse. Ela disse que em cultos no interior do Rio de Janeiro, vem ocorrendo supostas campanhas antecipadas. “Entra na bandeira, o hino e dizem que a bandeira nunca será vermelha”, disse.
“A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, não se constrange em se ajoelhar e dizer línguas que ninguém entende”, disse Carlos Alexandre. “Os evangélicos para Bolsonaro são um projeto de poder e Lula está longe disso”, completou.
Militares jogam dentro das quatro linhas
Ao citar os militares, a colunista Denise Rothenburg disse que há um constrangimento sobre as questões envolvendo a gestão atual das Forças Armadas. “Bolsonaro repete as quatro linhas para não perder apoio dos generais”, disse. O editor-chefe de política, economia e Brasil, Carlos Alexandre de Souza, citou o Judiciário. “Quem cuidará das eleições são as forças desarmadas”, afirmou.