O diretor-executivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Jean Coelho, segundo na corporação, e o diretor de inteligência, Allan da Mota Rebello, foram demitidos nesta terça-feira (31/5). As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU).
As dispensas ocorrem uma semana após a morte de Genilvado de Jesus Santos, 38 anos, em uma abordagem policial da PRF em Umbaúba, no litoral sul de Sergipe. Policiais rodoviários federais prenderam Genilvado no porta-malas de uma viatura e colocaram spray de pimenta e gás lacrimogênio com ele. De acordo com laudo do Instituto Médico Legal (IML), o homem morreu por asfixia e insuficiência respiratória.
As portarias não falam o motivo das demissões e foram assinadas pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
De acordo com a PRF, foi aberto um procedimento disciplinar para apurar a conduta dos policiais envolvidos na abordagem. Os policiais também foram afastados.
O ministro da Justiça, Anderson Torres, disse que determinou a abertura de investigação pela Polícia Federal e pela Polícia Rodoviária Federal para esclarecer o episódio.
Nesta segunda-feira (30/5), o presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu em defesa da PRF e disse que quer justiça 'sem exageros' no caso da morte de Genilvado. "A justiça vai existir nesse caso e, com toda certeza, será feita a justiça né... Todos nós queremos isso aí. Sem exageros e sem pressão por parte da mídia, que sempre tem um lado: o lado da bandidagem. Como lamentavelmente grande parte de vocês se comportam, sempre tomam as dores do outro lado. Lamentamos o ocorrido e vamos com seriedade fazer o devido processo legal para não cometermos injustiça e fazermos, de fato, justiça...", disse.
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