Funcionalismo

Bolsonaro: outros servidores são 'grande problema' de reajuste a policiais

De acordo com Bolsonaro, demais categorias querem reajustes salariais "até abusivos"

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que as outras categorias do funcionalismo público são o “grande problema” que impede uma maior fatia de reajuste à Polícia Rodoviária Federal (PRF). De acordo com o chefe do Executivo, os demais servidores querem reajustes “até abusivos”.

“Digo a vocês publicamente, PRF (policiais rodoviários federais): o grande problema não é o nosso lado. São os colegas, outros servidores, que não admitem reestruturar vocês sem dar aumentos, até abusivos, para o outro lado”, disse em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (30/5) em Recife (PE), após sobrevoo em áreas afetadas pela chuva no estado.

Bolsonaro pretendia, com os reajuste, retomar o diálogo com a base aliada mais estremecida após o anúncio da reforma administrativa, já que as carreiras de segurança pública se sentiram “traídas” pelo presidente. O tiro saiu pela culatra, contudo, com a mobilização de outros setores e, agora, ele sofre pressão de greves em massa do funcionalismo público brasileiro. Para evitar maior desgaste, o presidente acusa o Orçamento de ser o vilão.

“Pessoal da PRF, somos o primeiro governo que tem teto de gastos. Eu não posso dar um aumento para a PRF, para a Polícia Federal, para (os servidores da) Receita Federal, para quem quer que seja, sem exigir uma dotação orçamentária para tal”, destacou.

Na semana passada, ao sair de uma igreja em Brasília enquanto gravava teasers para sua campanha eleitoral, o presidente ainda apelou contra greves de servidores. "Eu apelo aos servidores, reconheço o trabalho de vocês, mas a greve não vai ser solução, porque não tem dinheiro no Orçamento. Eu sou o primeiro presidente a ter teto no Orçamento. Outros não tinham, poderiam reajustar, eu não posso”, disse na ocasião.

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