A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou que perderá R$ 32 milhões caso o corte no Orçamento de 14,5% anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) às universidades e institutos federais seja mantido. O decreto presidencial com o detalhamento dos cortes é esperado para esta segunda-feira (30/5).
O anúncio do corte no MEC foi recebido com “estarrecimento por dirigentes e comunidades acadêmicas”, afirmaram a reitora Sandra Regina Goulart Almeida e o vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira da UFMG, que assinam nota veiculada hoje.
Saiba Mais
No caso da UFMG, o corte “corresponde a uma redução de R$ 32 milhões, que, se mantida, comprometerá o funcionamento e a manutenção da universidade, com forte impacto nas ações de ensino, pesquisa e extensão, além da assistência estudantil, inviabilizando o apoio a estudantes mais necessitados”, diz a nota.
“Esses cortes reduzem a atuação das universidades como agentes mitigadores do aumento das condições de vulnerabilidade de nossa população, que tem sido fortemente afetada com a pandemia da covid-19 e com a crise econômica”, registraram.
No comunicado, a reitora e o vice-reitor da UFMG mencionaram, ainda, o bloqueio de R$ 3 bilhões sobre os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que, em sua avaliação, “afeta toda a cadeia na qual se desenvolvem as áreas da ciência, da educação e da tecnologia em nosso país, comprometendo também, de forma incisiva, entidades essenciais para a produção de conhecimento, como a Capes e o CNPq".
Ao fim da nota, Sandra e Alessandro garantem que a UFMG e as demais universidades federais estão mobilizadas para reverter o corte no orçamento anunciado pelo governo federal. Além da UFMG, outras universidades federais estão mobilizadas contra os cortes no orçamento. Por isso, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) chamou uma reunião para debater o tema às 17h desta segunda-feira.