O pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), criticou nesta quinta (26/5) o aceno que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez a seu partido. Segundo Ciro, Lula "está destruindo toda e qualquer voz que conteste a contradição brutal dele". Em entrevista na manhã de hoje, o pré-candidato voltou ainda a criticar a polarização atual e afirmou que "não pega no pé" do ex-presidente.
"O Lula, por um esforço de cooptação, está destruindo toda e qualquer voz que conteste a contradição brutal dele, do ponto de vista da corrupção generalizada, que ele transformou na ferramenta central de seu modelo de poder", disse Ciro em entrevista à CBN Campinas. O presidenciável visitará a cidade amanhã (27) em passagem pelo interior de São Paulo, bem como Americana e Jundiaí.
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"Veja, eu não tenho nenhum prazer em dizer isso, mas se a gente olhar que o Brasil teve R$ 6 bilhões devolvidos aos cofres da Petrobras, registrados no balanço dela, esse dinheiro foi roubado mesmo. E eu sei que foi", completou o pré-candidato, citando o valor recuperado pela petroleira em acordos da operação Lava-Jato.
A fala ocorre em resposta ao aceno feito por Lula a seu partido, o PDT. Em coletiva de imprensa após reunião na segunda-feira (23) do conselho político da campanha do ex-presidente e do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que Lula "sente falta" do PDT em seu rol de alianças partidárias.
"Não pego no pé" de Lula
Na entrevista, Ciro também foi questionado sobre fala do presidente de seu partido, Carlos Lupi, que o pré-candidato "bate demais" no ex-presidente.
“Isso faz parte da futrica que, infelizmente, faz parte dos gabinetes de ódio que existem. Eu estou dizendo o que penso. Alguém me viu fazer algum ataque pessoal a Lula? Algum palpite sobre o casamento dele, sobre o aluguel da casa dele? Não faço esse tipo de coisa”, afirmou Ciro.
O presidenciável criticou ainda o presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que ele foi eleito como uma "válvula de escape", mas acabou destruindo a indústria e a economia brasileira. Ele também afirmou que pretende acabar com a polarização entre os dois pré-candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto, e que "30%, 35%" dos eleitores procuram uma alternativa e respostas aos problemas econômicos atuais.
"É nisso que eu estou me confiando, de que amanhã, quando de fato o debate acontecer e as pessoas tiverem a oportunidade de ver quem representa o quê, que a gente possa construir um caminho de reconciliação do Brasil ao redor de um novo projeto nacional de desenvolvimento que apresente propostas concretas", defendeu.
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