Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmam que ele está inclinado a participar da Cúpula das Américas que ocorrerá em Los Angeles, entre 6 e 10 de junho. Fontes ouvidas pelo Correio, em condição de anonimato, também informaram que ele terá uma agenda pessoal marcada com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante a passagem pelo país.
Ainda não há uma confirmação oficial, mas segundo as três fontes próximas ao governo ouvidas pelo Correio, Bolsonaro estava decidido a não comparecer. Contudo, após a visita do assessor especial do governo dos Estados Unidos, Christopher Dodd, no Palácio do Planalto, ocorrida na manhã de terça-feira (24/5), o presidente reconsiderou o convite. O encontro ocorreu fora da agenda oficial do chefe do Executivo.
O emissário da Casa Branca era esperado pelo governo brasileiro desde o mês passado. Mas Dodd testou positivo para covid-19 e Bolsonaro recusou fazer a conversa por meio virtual. Após o encontro, o assessor divulgou uma declaração afirmando que veio ao encontro de Bolsonaro a mando de Biden. "Nesta manhã, em meu encontro com o presidente Bolsonaro, reiterei o nosso desejo de que o Brasil seja um participante ativo da Cúpula, pois reconhecemos a responsabilidade coletiva de avançar para um futuro mais inclusivo e próspero", escreveu
Biden tenta convencer Bolsonaro da importância da participação do Brasil na cúpula. Essa também é uma das formas do presidente americano mostrar que tem força na América Latina em meio à expansão chinesa na região. Segundo o Itamaraty, o Brasil confirmou presença na reunião, mas ainda não está decidido quem será o representante.