O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) virou réu em ação popular protocolada por deputados do PT, aceita na noite de segunda-feira pela Segunda Vara Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF).
A ação argumenta que a atuação de Moro na Operação Lava-Jato resultou em graves prejuízos à Petrobras e a "diversos entes da administração pública". Os autores pedem que ele seja condenado a ressarcir a União em um valor a ser apurado no processo.
Segundo o deputado José Guimarães (PT), um dos signatários, a Lava-Jato é responsável por 4,4 milhões de empregos perdidos e por mais de R$ 172 bilhões que "deixaram de ser investidos na economia".
Os parlamentares listam condutas que consideram incompatíveis com a atuação de um magistrado, entre as quais a condução coercitiva "espetaculosa" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ao comentar sobre a ação, o petista destacou: "O que eu quero que aconteça com Moro é o que eu quero que aconteça com qualquer um deste país: que ele tenha um julgamento decente, digno, respeitoso. Espero que tenha o direito à defesa e à presunção de inocência que eu não tive com ele".
Em nota ao Correio, Moro classificou a ação como "risível". "Assim que citado, me defenderei. A decisão do juiz de citar-me não envolve qualquer juízo de valor sobre a ação", frisou.
"Todo mundo sabe que o que prejudica a economia é a corrupção, e não o combate a ela. A inversão de valores é completa. O PT quer culpar aqueles que se opuseram aos esquemas de corrupção da era petista", acusou, no comunicado. (VC)