A aposta do Palácio do Planalto para as eleições da mesa diretora, que ocorrerá nesta quarta-feira (25/5), é a ex-ministra da Secretaria de Governo da Presidência e deputada federal, Flávia Arruda (PL-DF). Essa é uma decisão em comum acordo entre o governo e o partido, ainda que o PL tenha orientado a bancada para não haver candidaturas avulsas.
Na tarde de terça-feira (24/5), uma votação interna no partido elegeu Lincoln Portela (PL-MG) para ser o candidato oficial a ser escolhido em Plenário. Fontes ligadas a Valdemar Costa Neto afirmam que essa foi uma estratégia do presidente da sigla para valorizar um antigo nome do partido, que não estava recebendo destaque nesse governo.
Outro ponto relevante para a escolha do nome de Portela é o diretório em que o parlamentar é lotado. Minas Gerais é a segunda maior região em número de eleitores. Além disso, existe um agrado para a bancada evangélica, já que o deputado foi líder da frente.
Entre os dois nomes, Flávia é unanimidade entre os parlamentares. No PL, a maioria concorda que ela possui o traquejo político necessário para conduzir as pautas do governo dentro da Casa e tem a simpatia de diversos parlamentares de outros partidos.
Além da vice-presidência, também serão decididos os cargos para a segunda e terceira secretarias da Casa, justificadas pelas trocas de partidos dos parlamentares na janela partidária.
Candidatura avulsa
Mesmo com as articulações em torno do nome de Arruda, o deputado Capitão Augusto (PL-SP) não retirou o ofício para registro de sua participação encaminhado a Arthur Lira (PP-AL). Ele irá concorrer com a candidatura avulsa.
“Já está protocolado, não abro mão de jeito nenhum. Eu disse ao PL que não ia nem participar da decisão (do candidato), porque não era justo, iria participar de qualquer jeito”, disse mais cedo ao jornal O Globo.
Outros nomes que pretendem entrar na disputa em Plenário será Fernando Rodolfo (PE) e Bosco Costa (SE).