Líderes da oposição sinalizam estar de acordo com a decisão de Arthur Lira (PP-AL) de votar, nesta terça-feira (24/5), o projeto de lei que determina alíquota fixa do ICMS em 17%. A indicação foi feita hoje cedo, após reunião na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados.
Bira do Pindaré (MA), líder do PSB, afirmou que o próximo passo será insistir no diálogo com as bancadas. "Temos que fazer o que for melhor para a população. Esse é um paliativo, não é a solução, mas tem que acontecer. Entendemos que é preciso encontrar saídas", declarou.
Ainda que haja esse entendimento, a oposição é unânime em afirmar que o problema só seria resolvido com uma modificação na política de preços da Petrobras.
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"Acho que a solução seria modificar a política de preço da Petrobras e parece que isso não querem alterar. O impacto dessa medida, segundo o governo, é de R$ 0,60, uma variação do dólar já compromete. Portanto, não vai ser um impacto tão grande, não resolve o problema. Mas nosso esforço é ajudar para ajudar", pontuou.
A previsão, de acordo com o autor do projeto, Danilo Forte (União Brasil-CE), é de que a redução seja de 9% a 12% para gasolina e de 10% para o etanol.
Mais cedo, o líder do PT, deputado Reginaldo Lopes (MG), alegou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é anti-federativo. "Imposto é o que cobre da renda e do patrimônio. Bolsonaro é anti-federativo, só arruma conflitos. O ICMS é uma cortina de fumaça para não explicar a roubalheira dos preços de petróleo e de gás sendo que ele é controlador majoritário para as tarifas. Se tornou refém das próprias mentiras", acusou.