O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (19/5) que o Supremo Tribunal Federal (STF) tirou dele a autonomia para gerir o país durante a pandemia da covid-19. Frente a empresários nacionais e estrangeiros, bem como embaixadores de diversos países, o chefe do Executivo também disse que a credibilidade do Brasil é fruto da condução da política externa brasileira “que vai muito bem”.
Bolsonaro falou no Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes, que acontece no Rio de Janeiro até amanhã. Ele afirmou novamente que foi, “provavelmente”, o único chefe de Estado que não aceitou o “fica em casa, a economia a gente vê depois”. E fez críticas ao STF por ter garantido aos estados e municípios a condução da pandemia.
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“Lamentavelmente, foi tirado da minha mesa presidencial. Mas o Brasil fez a sua parte, colaborando com estados e municípios. E mais, os mais humildes, quando foram obrigados a ficar em casa, perderam toda a sua renda. Mas nós não tivemos nenhum problema social no Brasil porque acolhemos essas pessoas”, destacou.
O presidente ainda afirmou que a condução da política externa brasileira “vai muito bem”, “em especial pela credibilidade que o governo transmite em suas viagens mundo afora”. Bolsonaro citou os embaixadores presentes, de países como África do Sul, Bélgica, Burkina Faso, Japão, Rússia, Portugal, entre outros.
Inflação mundial
Bolsonaro também voltou a afirmar que a inflação, atualmente em 12,13% no Brasil, é um reflexo dos números variáveis no mundo. “Estamos voltando à normalidade, já se nota o que acontece por aí. A inflação é uma questão mundial. Não existe país que não esteja sofrendo com reflexo da inflação, em especial pela questão da pandemia.”
O presidente ainda reforçou o papel do Brasil em relação à segurança alimentar mundial. “(Em) Muitos países, também, já se nota a possibilidade de desabastecimento. Com toda certeza, uma preocupação grande de todo chefe de Estado é a sua segurança alimentar, e todos voltam os olhos para o Brasil. Um país que é uma potência agrícola. (...) Ter essas representações diplomáticas, não é só um marco excepcional para o nosso Brasil, é mais que um ponto de inflexão, é a certeza que a nossa Pátria, cada vez mais, será vista com olhos de um grande país”, afirmou, criticando as gestões petistas.