EUA confiantes na democracia

Em meio à tensão entre os Poderes, devido aos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal (STF) e às urnas eletrônicas, autoridades diplomáticas dos Estados Unidos reforçaram a confiança na democracia brasileira.

"Eu, o presidente Joe Biden e todo o governo dos Estados Unidos acreditam na força da estabilidade da democracia brasileira. O sistema tem dado longos exemplos de resiliência, e acreditamos que ele produzirá um vencedor, de maneira livre e justa, como ocorreu nas eleições anteriores", afirmou o secretário-adjunto de Comércio americano, Don Graves, ontem, na primeira visita oficial ao Brasil.

Segundo ele, as relações comerciais e os negócios entre os países continuarão "tão firmes quanto antes". "Acreditamos na democracia brasileira. Acreditamentos que as eleições serão livres e justas", reforçou.

Graves disse ter percebido que a principal preocupação de empresários dos dois países está focada na resiliência das cadeias de suprimentos diante das pressões inflacionárias e em como tornar mais fácil investir nas duas nações. "Esse é o foco da minha visita: como criar oportunidades para gerar empregos no Brasil, melhorar a qualidade e a remuneração e dar apoio aos investidores brasileiros nos Estados Unidos", afirmou.

Ele ainda defendeu um trabalho conjunto "para diminuir as barreiras entre os dois países e ampliar os laços comerciais e de negócios". Também reforçou a importância de parcerias no desenvolvimento de políticas para o combate às mudanças climáticas, uma prioridade de Biden, e destacou as conversas para um esforço bilateral voltado a assegurar a segurança alimentar. (Leia mais sobre a relação Brasil e Estados Unidos na página 9)