O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender, nesta sexta-feira (13/5), o excludente de ilicitude, que é uma espécie de salvaguarda jurídica para policiais que, porventura, matarem em serviço. Durante discurso em uma formatura na Academia de Polícia Militar do Barro Branco (SP), o chefe do Executivo acenou à categoria ao dizer que a aprovação da medida é seu “grande sonho”.
"O meu grande sonho como presidente da República tem que ser compartilhado com o parlamento brasileiro. Gostaria muito de um dia aprovar o excludente de ilicitude, para que vocês, após o término da missão, fossem para casa, se recolher no calor de seus familiares, e não esperar a visita de um oficial de Justiça", apontou.
Bolsonaro afirmou ainda que os "nossos inimigos" não estão nas vielas, mas, sim, “dentro de um gabinete com ar-condicionado”.
“Por muitas vezes, o nosso inimigo não está nas vielas, no topo de um morro ou nas ruas perdido por aí armado. Muitas vezes, os nossos inimigos estão dentro de um gabinete com ar condicionado e, aí, um burocrata (oficial) que inferniza a vida de vocês após o cumprimento de uma missão.”
"Esse é o meu sonho. E peço a Deus pra que me dê força, juntamente ao Parlamento, para que isso venha acontecer", emendou.
“Com todo respeito aos profissionais da segurança pública, temos que diminuir a letalidade, sim, mas é do cidadão de bem, e de pessoas como vocês. E não da bandidagem”. "Se vocês portam uma arma, na cintura ou no peito, é para usá-la. E nós, chefes do Executivo, presidente ou governadores, nós devemos dar respaldo e segurança para vocês, após o cumprimento da missão", disse o chefe do Executivo.
Saiba Mais
Em março, Bolsonaro repetiu que o excludente é uma das formas de combater o crime e a violência no Brasil.
"Vimos pessoas cumprindo pena por causa disso (defender o país). Isso é uma coisa inimaginável. (...) Eles estão cumprindo uma missão nossa. (...) Essa pessoa deve ser reconhecida por ter combatido o crime em nosso país. (A alternativa) Seria no final da linha, o excludente de ilicitude, onde até eu me voluntariaria para estar ao lado desta tropa, mesmo com 67 anos, seria uma maneira eficaz de reduzir ainda mais a violência em nosso país", afirmou na data.