O Supremo Tribunal Federal deve decidir, nesta sexta-feira (13/5), se mantém ou não a eleição indireta para governador de Alagoas, marcada para domingo (15/5), na Assembleia Legislativa do estado. De 0h às 23h50, os magistrados apresentarão os votos sobre a medida cautelar do ministro Gilmar Mendes, que determinou mudanças no edital original de convocação do pleito. Na quarta-feira (11/5), a Procuradoria-Geral do Estado de Alagoas encaminhou ao Supremo um pedido para que a eleição fosse mantida.
O cargo de governador do estado ficou vago com a desincompatibilização de Renan Filho para concorrer ao Senado Federal nas eleições de outubro. O de vice-governador estava vago com a saída de Luciano Barbosa, que disputou e venceu a eleição para prefeito de Arapiraca, em 2020, e o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor, não quis assumir o mandato para não ficar impedido de concorrer em outubro a outro cargo eletivo.
O PP entrou com recurso no STF para anular o novo edital de convocação da eleição indireta. O partido, presidido por Arthur Lira (AL), diz que os prazos para registro de candidaturas e julgamento de impugnações são curtos e pede a suspensão da eleição. Na segunda-feira (8/5), o ministro Gilmar Mendes impôs uma série de correções ao edital original, que foi republicado na mesma noite pelo presidente da assembleia com as mudanças.
A novela da sucessão do governador Renan Filho (MDB-AL) se arrasta por força de ações judiciais que tentam interromper o processo. Depois de percorrer instâncias inferiores, o caso chegou ao ministro Gilmar Mendes, que determinou as alterações no edital de convocação.
O partido de Lira tenta barrar a eleição indireta, que tem como favorito o deputado estadual Paulo Dantas (MDB), apoiado pelo grupo político ligado ao senador Renan Calheiros, adversário do presidente da Câmara em Alagoas. Quem se eleger pelo voto dos deputados estaduais assume o governo em mandato-tampão até o fim do ano. Enquanto isso, o estado está sendo governado interinamente pelo presidente do Tribunal de Justiça estadual, desembargador Klever Loureiro.