Mais de dois meses depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) pela primeira vez se dirigiu aos ucranianos. Durante discurso, ontem, na 48ª Edição da Expoingá, em Maringá (PR), disse à comunidade no estado que "mesmo em silêncio, tudo faz para que a paz seja restabelecida".
"Sei que no Paraná tem uma grande comunidade de ucranianos, nossos irmãos que nós recebemos de braços abertos. Dizer a vocês que este governo, mesmo em silêncio ou em contatos variados, tudo faz para que a paz seja restabelecida no país de origem de vocês. Não queremos mortes, queremos paz. E nós, cada vez mais, mais do que nos preocuparmos, nos preparamos para que dessa forma, a paz em nossa terra, em nosso Brasil, seja mantida", salientou.
Também estiveram presentes ao evento o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o provável vice de Bolsonaro na chapa às eleições de outubro, Walter Braga Netto. O presidente disse que "somente os ditadores temem o povo armado" e citou que os dois "bem sabem a importância que uma nação bem armada é uma forma de evitar qualquer interesse externo sobre a pátria".
O presidente mais uma vez atribuiu aos governadores as mazelas econômicas. Voltou a criticá-los pelas restrições adotadas durante a pandemia de covid-19 e disse que, apesar da alta da inflação no Brasil, "os efeitos são menores" no Brasil — culpa, neste caso, do conflito entre russo e ucranianos.
Mais cedo, em Brasília, em conversa com apoiadores, Bolsonaro chegou a dizer que o custo de vida no Brasil, apesar da alta da inflação, foi um dos que "menos subiu". Para sustentar a argumentação, disse que a picanha, no Brasil, está a metade do preço do Canadá.