O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (11/05) que seu governo "não aceita provocações”. No entanto, o chefe do Executivo não especificou a que se referia e, em indireta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), falou em “ameaça de comunização”. As declarações ocorreram durante agenda na 48ª Edição da Expoingá, em Maringá.
“Vocês sabem que pior que uma ameaça externa é uma ameaça interna de comunização do nosso país. Nós não chegaremos à situação em que vive atualmente a Venezuela”.
E seguiu alfinetando seu principal opositor. “Todos sabemos quem defende aquele regime e quem defende o seu ditador. Não queremos cores diferentes da verde e amarela em nossa terra. Dizer a vocês que o outro lado quer exatamente o diferente de nós. Nós defendemos a família, nós somos contra o aborto, somos favorável ao armamento para o cidadão de bem, somos contra a ideologia de gênero, nós somos pela liberdade da nossa economia e somos acima de tudo pela nossa liberdade de expressão”, relatou.
Saiba Mais
"Agradeço a Deus pela minha segunda vida e pela missão que grande parte do povo brasileiro me deu de estar à frente do Executivo. Nós sabemos o que está em jogo, nós sabemos o que o governo federal defende, defende a paz, a democracia e liberdade. Somos um governo que não aceita provocações, um governo que sabe das sua responsabilidade para com seu povo”, completou.
Declaração sobre o Movimento Sem-Terra
O presidente também acenou à política de titulação de terras, afirmando que com isso o Movimento Sem-Terra perdeu força. Bolsonaro emendou que seu governo trata assentados com dignidade e que, os que “no passado integravam o MST são muito bem-vindos”.
“Desde quando assumimos buscamos a paz no campo. Mas isso não é apenas no pensamento. A grande obra do governo no campo é titulação de terras, dando cada vez mais título de propriedade provisório ou definitivo aos assentados, de modo que o MST cada vez mais perde a sua força. O MST perde a sua força porque nós tratamos os assentados com dignidade, nós respeitamos esse trabalhadores. Com o título da terra eles não são mais usados por projetos políticos de poder”, prosseguiu.
“Esses assentados são nossos irmãos também e passam cada vez mais a interagir com o fazendeiro ao seu lado. Dizer a esses que no passado integravam o MST que são muito bem-vindos ao nosso meio. Repito, nós lhe demos dignidade, nós os tratamos com consideração e nós reconhecemos o seu trabalho”.
Declaração sobre as eleições
“Sou temente a Deus e sou leal a vocês. Digo que o trabalho que exerço, que não é fácil, graças a Deus, tem o reconhecimento de grande parte do povo brasileiro. Dizer que essa maneira que fui recebido aqui, como em qualquer outro lugar do Brasil, é a verdadeira pesquisa popular”.
Ele fez alusão a “eleições limpas” e disse que “todos têm que jogar dentro das quatro linhas”.
“A vontade de vocês tem que prevalecer e todo meu ministério está empenhado em defender a nossa Constituição e a nossa liberdade. Todos têm que jogar dentro das quatro linhas. Nós não tememos resultado de eleições limpas. Nós queremos eleições transparentes como a grande maioria ou por que não dizer, a totalidade de seu povo”, concluiu, enviando um “abraço nos homens e um beijo nas mulheres” que o assistiam na plateia.