O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (11/5) que quer ser "o homem que vai viver 120, anos". Em discurso, ele também defendeu que não pode "se aposentar e ficar esperando a morte chegar", e que terá que fazer mais do que fez nos seus governos passados se for eleito no fim deste ano.
"Tem uma razão para eu voltar a ser presidente. Eu não precisaria mais. Eu tenho 76 anos, eu vou casar, eu poderia viver o resto da minha vida tranquilo", disse o presidenciável. "E quando eu digo resto da vida, não é pouco tempo não. A ciência diz que homem que vai viver 120 anos já nasceu, e eu estou reivindicando que seja eu".
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Em viagem a Minas Gerais, Lula discursou no final da tarde no ginásio Sport Club, em Juiz de Fora. Na parte da manhã, ele se reuniu também com 26 reitores de universidades públicas e recebeu um documento deles contendo demandas para seu plano de governo na área da educação.
Adotando tom popular, Lula defendeu em seu discurso que tomará medidas contra a inflação, contra a fome e contra o desemprego. Ele também relembrou seus governos passados, e atacou o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
"No meu governo não tinham morrido 640 mil pessoas por causa da vacina. Quando eu era presidente, surgiu uma gripe H1N1. Em três meses a gente vacinou 83 milhões de pessoas nesse país. O país tem cultura de vacina. Eles (o atual governo) tratam o SUS (Sistema Único de Saúde) como se o SUS não valesse nada. A televisão só botava desgraça no SUS. Veio a pandemia, e graças a Deus eles passaram a enxergar o valor do SUS".